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2012 - Livro Vermelho 2013

Casearia gossypiosperma Briq. LC

Informações da avaliação de risco de extinção


Data: 01-06-2012

Criterio:

Avaliador: Eduardo Pinheiro Fernandez

Revisor: Tainan Messina

Analista(s) de Dados: CNCFlora

Analista(s) SIG:

Especialista(s):


Justificativa

Espécie de ampla distribuição na América do Sul; no Brasil, ocorre em diversas fitofisionomias, ao longo dos Domínio Fitogeográficos Amazônia, Mata Atlântica e Cerrado, nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. C. gossypiosperma foi registrada dentro dos limites de diversas Unidades de Conservação, e por esses fatores, foi considerada Menos Preocupante (LC). Entretanto, como sua madeira tem uso previsto e a espécie apresenta potencial medicinal, faz-se necessária a implementação de monitoramento as suas populações e a criação de legislação de regule a utilização dos recursos deste táxon.

Taxonomia atual

Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.

Nome válido: Casearia gossypiosperma Briq.;

Família: Salicaceae

Mapa de ocorrência

- Ver metodologia

Informações sobre a espécie


Notas Taxonômicas

A espécie é conhecida vulgarmente como: laranjinha e caferana (Acre), amarelinho, pau-de-espeto, vidro, espeteiro, guassatonga e vassatonga (São Paulo), espeto-vidro e fruta-de-jacu (Minas Gerais), sardinheira-branca, behti (Rondonia) (Torres; Ramos, 2007; Marquete, 2010, Maquete et al., 2012). É facilmente confundida em herbário com Casearia luetzelburgii Sleumer, sendo diferenciada através da folha serrada com o ápice acuminado e maior tamanho, estípulas oblongo-alongadas e sem glândulas e pelas sementes sem apículo (Marquete, 2010).

Potêncial valor econômico

As cascas e folhas são utilizadas com fins medicinais (Torres; Ramos, 2007). A madeira pode ser utilizada na construção civil, na confecção de móveis, brinquedos e caixotaria. Pode ser também utilizada como ornamental em paisagismos (Lorenzi, 2002).

Distribuição

No Brasil a espécie ocorre nos estados do Pará, Amazonas, Acre, Rondônia, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná (Marquete et al., 2012) e ocorre no Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Argentina (Torres; Ramos, 2007).

Ecologia

A espécie caracteriza-se por árvores ou arvoretas, perenes, esciófila ou heliófita, hermafroditas, floração de Abril a Novembro com polinização por insetos e frutificação de Setembro a Novembro possuindo dispersão das sementes através de aves, a distribuição ocorre em mata estacional semidecidual, mata ciliar, cerradão, campo, áreas preservadas ou perturbadas, sub-bosque dossel ou borda em solos arenosos ou calcimórficos (Torres; Ramos, 2007; Marquete, com. pess).

Ameaças

1.1 Agriculture
Detalhes Os domínios fitogeográficos Cerrado e Mata Atlântica vem sofrendo ao longo dos anos intensa retirada de cobertura vegetal nativa, degradação do solo e introdução de espécies exóticas, visando a utilização destas áreas para plantios e pastagens (Young, 2005, Klink; Machado, 2005)

Ações de conservação

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Rara. Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ_PR, 1995).

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Espécie com registros de ocorrência na Reserva Particular do Patrimônio Natural SESC Pantanal, Mato Grosso (Duarte, 104 IAC), Parque Esatdual de Ibiporã, Paraná (Rosisco, 5 FUEL), Reserva Ecológica de Águas da Prata, São Paulo (Toledo Filho, 26034 UEC) e Estação Ecológica de Paulo de Faria (Tomasetto, 270 FUEL; Tomazetto, 240 IAC).

Usos

Referências

- TORRES, R.B.; RAMOS, E.WANDERLEY, M.G.L.; SHEPHERD, G.J.; MELHEM, T.S.; GIULIETTI, A.M. Flacourtiaceae. São Paulo, SP: Instituto de Botânica, Fapesp, 2007. 201-225 p.

- MARQUETE, R.; TORRES, R.B.; MEDEIROS, E. Salicaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil, Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Disponivel em: <>. Acesso em: 22/03/2012.

- MARQUETE, R.; VAZ, A.M.S.F. O Gênero Casearia no estado do Rio de Janeiro, Brasil. Rodriguésia, v. 58, n. 4, p. 705-738, 2007.

- RONALDO MARQUETE. O gênero Casearia Jacq. no Brasil. Tese de Doutorado. Rio de Janeiro, RJ: Instituto de Pesquisa Jardim Botânico do Rio de Janeiro, 2010.

- LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum de Estudos da Flora, 2002. 368 p.

- SLEUMER, H.O. Flora Neotropica: Flacourtiaceae. New York: New York Botanical Garden, 1980. 499 p.

- KLINK, C.A.; MACHADO, R.B. A conservação do Cerrado brasileiro. Megadiversidade, v. 01, n. 01, p. 147-155, 2005.

- SECRETARIA DE ESTADO DO MEIO AMBIENTE/DEUTSCHE GESSELLSCHAFT TECHNISCHE ZUSAMMENARBEIT (SEMA/GTZ). Lista Vermelha de Plantas Ameaçadas de Extinção no Estado do Paraná, Curitiba, PR, p.139, 1995.

- YOUNG, C.E.;GALINDO-LEAL, C.;CÂMARA, I.G. Causas socioeconômicas do desmatamento da Mata Atlântica brasileira. São Paulo, SP; Belo Horizonte, MG: Fundação SOS Mata Atlântica; Conservação Internacional, 2005. 103-115 p.

Como citar

CNCFlora. Casearia gossypiosperma in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora. Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Casearia gossypiosperma>. Acesso em .


Última edição por CNCFlora em 01/06/2012 - 12:49:46